"Maldito aquele que faz com negligência a obra do Senhor!"(Jr 48,10).
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O Concílio de Hipona
Quantas vezes você
já ouviu de algum protestante a afirmação de que a Igreja Católica teria
acrescentado vários livros apócrifos à Bíblia durante o Concílio de Trento, no
séc. XVI?
Quando eles falam isso, estão querendo se referir a sete livros do
Antigo Testamento que não se encontram em suas bíblias: Tobias, Judite,
Sabedoria, Eclesiástico, Baruc e os dois livros dos Macabeus (além de alguns trechos dos livros
de Daniel e Ester). Porém, a própria História - que é imutável -
desmente tal argumento, vistos os testemunhos abaixo:
Cânon 36:
- Parece-nos
bom que,
fora das
Escrituras canônicas, nada deva ser
lido na Igreja sob o nome 'Divinas Escrituras'.
E as Escrituras canônicas são as
seguintes: Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué,
Juízes, Rute, quatro livros dos Reinos(1), dois livros dos
Paralipômenos(2), Jó, Saltério de Davi, cinco livros de
Salomão(3), doze livros dos Profetas(4), Isaías,
Jeremias(5), Daniel, Ezequiel, Tobias, Judite, Ester, dois
livros de Esdras(6) e dois [livros] dos Macabeus. E do Novo
Testamento: quatro livros dos Evangelhos(7), um [livro de]
Atos dos Apóstolos, treze epístolas de Paulo(8), uma do mesmo
aos Hebreus(9), duas de Pedro, três de João, uma de Tiago,
uma de Judas e o Apocalipse de João(10).
Sobre a confirmação deste cânon se consultará a Igreja do outro lado
do mar(11). É também permitida a leitura
das Paixões dos mártires na celebração
de seus respectivos aniversários(12) (Concílio de Hipona,
08.Out.393).
Parece-nos
bom que,
fora das
Escrituras canônicas, nada deva ser
lido na Igreja sob o nome 'Divinas Escrituras'.
E as Escrituras canônicas são as
seguintes: Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué,
Juízes, Rute, quatro livros dos Reinos, dois livros dos Paralipômenos,
Jó, Saltério de Davi, cinco livros de Salomão, doze livros dos
Profetas, Isaías, Jeremias, Daniel, Ezequiel, Tobias, Judite, Ester,
dois livros de Esdras e dois [livros] dos Macabeus. E do Novo
Testamento: quatro livros dos Evangelhos, um [livro de] Atos dos
Apóstolos, treze epístolas de Paulo, uma do mesmo aos Hebreus, duas de
Pedro, três de João, uma de Tiago, uma de Judas
e o Apocalipse de João.
Isto se fará saber também ao nosso santo irmão
e sacerdote, Bonifácio, bispo da cidade de Roma, ou a outros bispos
daquela região, para que este cânon seja confirmado, pois foi isto que
recebemos dos Padres como lícito para ler na Igreja (Concílio de
Cartago III (397) e Concílio de Cartago IV (419)).
Tratemos
agora sobre o que sente a Igreja Católica universal, bem como o que se
dever ter como Sagradas
Escrituras:
um livro do Gênese, um
livro do Êxodo, um livro do Levítico, um livro dos números, um livro
do Deuteronômio; um livro de Josué, um livro dos Juízes, um livro de
Rute; quatro livros dos Reis(13), dois dos Paralipômenos; um
livro do Saltério; três livros de Salomão: um dos Provérbios, um do
Eclesiastes e um do Cântico dos Cânticos; outros: um da Sabedoria, um
do Eclesiástico. Um de Isaías, um de Jeremias com um de Baruc e mais
suas Lamentações, um de Ezequiel, um de Daniel; um de Joel, um de
Abdias, um de Oséias, um de Amós, um de Miquéias, um de Jonas, um de
Naum, um de Habacuc, um de Sofonias, um de Ageu, um de Zacarias, um de
Malaquias. Um de Jó, um de Tobias, um de Judite, um de Ester, dois de
Esdras, dois dos Macabeus.
Um evangelho segundo Mateus, um segundo
Marcos, um segundo Lucas, um segundo João. [Epístolas:] a dos Romanos,
uma; a dos Coríntios, duas; a dos Efésios, uma; a dos Tessalonicenses,
duas; a dos Gálatas, uma; a dos Filipenses, uma; a dos Colossences,
uma; a Timóteo, duas; a Tito, uma; a Filemon, uma; aos Hebreus, uma.
Apocalipse de João apóstolo; um, Atos dos Apóstolos, um. [Outras
epístolas:] de Pedro apóstolo, duas; de Tiago apóstolo, uma; de João
apóstolo, uma; do outro João presbítero, duas (14); de Judas,
o zelota, uma. (Catálogo dos livros sagrados, composto durante o
pontificado de São Dâmaso [366-384], no Concílio de Roma de 382)
Quais os
livros aceitos no cânon das
Escrituras, o breve apêndice o mostra:
Cinco livros de Moisés, isto é, Gênese, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio. Um livro de Josué, filho de Num; um livro dos Juízes;
quatro livros dos Reinos; e Rute. Dezesseis livros dos Profetas; cinco
livros de Salomão; o Saltério. Livros históricos: um de Jó, um de
Tobias, um de Ester, um de Judite, dois dos Macabeus, dois de Esdras,
dois dos Paralipômenos.
Do Novo Testamento: quatro livros dos
Evangelhos; quatorze epístolas do apóstolo Paulo, três de João, duas
de Pedro, uma de Judas, uma de Tiago;
os Atos dos Apóstolos; e o Apocalipse de João (papa Inocêncio I,
20.02.405; Carta Consulenti Tibi a Exupério, bispo de Tolosa).
Devemos
agora tratar das
Escrituras Divinas. Vejamos o que a
Igreja Católica universalmente aceita e o que deve ser evitado:
(1)
Começa a ordem do Antigo Testamento: um livro da Gênese, um do Êxodo,
um do Levítico, um dos Números, um do Deuteronômio, um de Josué (filho
de Nun), um dos Juízes, um de Rute, quatro livros dos Reis, dois dos
Paralipômenos, um livro de 150 Salmos, três livros de
Salomão (um dos Provérbios, um do Eclesiastes, e um do Cântico dos
Cânticos).
Ainda um livro da Sabedoria e um do Eclesiástico. (2) A
ordem dos Profetas: um livro de Isaías, um de Jeremias com Cinoth
(isto é, as suas Lamentações), um livro de Ezequiel, um de Daniel, um
de Oséias, um de Amós, um de Miquéias, um de Joel, um de Abdias, um de
Jonas, um de Naum, um de Habacuc, um de Sofonias, um de Ageu, um de
Zacarias e um de Malaquias. (3) A ordem dos livros históricos: um de
Jó, um de Tobias, dois de Esdras, um de Ester, um de Judite e dois dos
Macabeus. (4)
A ordem das
escrituras do Novo Testamento, que a
Santa e Católica Igreja Romana aceita e venera são: quatro livros dos
Evangelhos (um segundo Mateus, um segundo Marcos, um segundo Lucas e
um segundo João). Ainda um livro dos Atos dos Apóstolos. As 14
epístolas de Paulo Apóstolo: uma aos Romanos, duas aos Coríntios, uma
aos Efésios, duas aos Tessalonicenses, uma aos Gálatas, uma aos
Filipenses, uma aos Colossenses, duas a Timóteo, uma a Tito, uma a
Filemon e uma aos Hebreus. Ainda um livro do Apocalipse de João. Ainda
sete epístolas canônicas: duas do Apóstolo Pedro, uma do Apóstolo
Tiago, uma de João Apóstolo, duas epístolas do outro João (presbítero)
e uma de Judas Apóstolo (o zelota)
(papa S. Gelásio, ~495; Decreto Gelasiano; repetido em 520 pelo papa
S. Hormisdas.
Seguido também pelo
Concílio Ecumênico de Florença (15) [1438-1445], e novamente ratificado
pelos Concílio de Trento (16) [1546-1563] e Vaticano I
[1870].
Outras
Fontes:
Concílio Regional de Trulos, realizado no ano 692.
1 Trata-se dos dois
livros de Samuel (1Rs/2Rs) e os dois livros de Reis (3Rs/4Rs).
2 Isto é, os dois livros das
Crônicas (1Cr/2Cr).
3 Ou seja: Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos
Cânticos, Sabedoria e Eclesiástico.
4 A saber: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas,
Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
5 Incluindo as Lamentações e Baruc, segundo a
Septuaginta.
6 Isto é, o livro de Esdras e o livro de Neemias.
7 Mateus, Marcos, Lucas e João.
8 Aos Romanos, duas aos Coríntios, aos Gálatas, aos
Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, duas aos Tessalonicenses, duas
a Timóteo, a Tito e a Filemon.
9 Curiosa distinção resultada, provavelmente, dos
escrúpulos que a Igreja Africana tinha a respeito da autenticidade
literária paulina dessa epístola.
10 Percebe-se, assim, que o cânon coincide
perfeitamente com o cânon definido pelo Concílio de Trento.
11 Trata-se da Igreja de Roma.
12 Alusão ao culto dos santos mártires.
13 Os Concílios regionais de Cartago simplesmente
repetem, com as mesmas palavras, o conteúdo do cânon 36 do Concílio
regional de Hipona. A diferença está somente na conclusão.
14 Interessante distinção, já que antiquíssima
tradição de Éfeso distinguia o João Apóstolo de um João Presbítero, da
mesma região.
15 cf. Decreto Pro Iacobitis (da Bula Cantate
Domino, de 04.02.1441): ...O Sacrossanto Concílio professa que um e o
mesmo Deus é o autor do Antigo e do Novo Testamento, isto é, da Lei, dos
Profetas e do Evangelho, pois os santos de ambos os Testamentos falaram
sob a inspiração do mesmo Espírito Santo. Este Concílio aceita e venera
os seus livros que vêm indicados pelos títulos seguintes: Cinco livros
de Moisés (isto é, Gênese, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio),
Josué, Juízes, Rute, quatro livros dos Reis, dois dos Paralipômenos,
Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, Jó, o Saltério de Davi, as
Parábolas (Provérbios), Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria,
Eclesiástico, Isaías, Jeremias, Baruc, Ezequiel, Daniel, os Doze
Profetas menores (isto é, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias,
Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias) e dois livros dos
Macabeus. Quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), catorze
epístolas de Paulo (uma aos Romanos, duas aos Coríntios, uma aos
Gálatas, uma aos Efésios, uma aos Filipenses, uma aos Colossenses, duas
aos Tessalonicenses, duas a Timóteo, uma a Tito, uma a Filemon, uma aos
Hebreus), duas epístolas de Pedro, três de João, uma de Tiago, uma de Judas,
os Atos dos Apóstolos e o Apocalipse de João.
16 cf. Decreto sobre o Cânon (sessão IV, de 08.04.1546).